No último domingo revi a entrevista do Roda Viva (programa da Tv Cultura) com o diretor de cinema David Lynch. Na tv, o americano com então 62 anos, falou sobre a visita que fez ao Brasil em agosto deste ano, para lançar seu livro sobre meditação "Catching the Big Fish: Meditation, Consciousness, and Creativity" (em português, obviamente a tradução é deturpada para: Águas Profundas: Criatividade e Meditação).
Pelo que conferi na TV e li no site da David Lynch Foundation, o autor pretende principalmente passar métodos de meditação transcedental e contar como essa atividade pode ajudar no processo criativo e no encontro com a almejada felicidade plena.
Pelo que conferi na TV e li no site da David Lynch Foundation, o autor pretende principalmente passar métodos de meditação transcedental e contar como essa atividade pode ajudar no processo criativo e no encontro com a almejada felicidade plena.
Por enquanto só tive contato com a obra por meio de releases. Entretanto, ao rever a entrevista, uma questão passou por esta mente que vos escreve - e que há oito anos vem tentando praticar a meditação (com dificuldades) todos os dias: Por que é tão difícil para os ocidentais acreditar em um ensinamento tão simples?
Meditar faz muito bem para a mente e para todas as outras atividades de nosso dia-a-dia, isso é fato e estamos cansados de saber. Mas infelizmente poucos são aqueles que ao menos uma vez por dia "apenas sentam" e meditam. As distrações que nos consomem são muitas: internet, tv, telefone, mp3, revistas, livros, estudos, arte, trabalho, vontades aleatórias como guloseimas, conquistas, baladas, etc. E no meio desses gadgets e entretenimentos da nossa vida (pós) moderna, parece difícil encontrarmos 15 ou 20 minutos por dia para um "nada fazer".
Mesmo que pessoas extremamente iluminadas, como o XIV Dalai Lama, entre outros, nos dêem garantia de que a prática de meditação traz uma grande e importante transformação para a nossa relação com a individualidade e com os outros, pouco nos importamos. E assim, quando nada temos para fazer, nos deparamos com o tédio e procuramos mais e mais passatempos ao invés de aproveitarmos o momento para tentar que as turbulências da mente se aquietem.
A sorte nossa é que dentro desse caótico mundo, alguns holofotes brilham e chamam a atenção para a questão. Parece que somente quando alguém renomado no próprio universo do entretenimento fala, escutamos - a espiritualidade não dá audiência senão quando proferida por celebridades.
Meditar faz muito bem para a mente e para todas as outras atividades de nosso dia-a-dia, isso é fato e estamos cansados de saber. Mas infelizmente poucos são aqueles que ao menos uma vez por dia "apenas sentam" e meditam. As distrações que nos consomem são muitas: internet, tv, telefone, mp3, revistas, livros, estudos, arte, trabalho, vontades aleatórias como guloseimas, conquistas, baladas, etc. E no meio desses gadgets e entretenimentos da nossa vida (pós) moderna, parece difícil encontrarmos 15 ou 20 minutos por dia para um "nada fazer".
Mesmo que pessoas extremamente iluminadas, como o XIV Dalai Lama, entre outros, nos dêem garantia de que a prática de meditação traz uma grande e importante transformação para a nossa relação com a individualidade e com os outros, pouco nos importamos. E assim, quando nada temos para fazer, nos deparamos com o tédio e procuramos mais e mais passatempos ao invés de aproveitarmos o momento para tentar que as turbulências da mente se aquietem.
A sorte nossa é que dentro desse caótico mundo, alguns holofotes brilham e chamam a atenção para a questão. Parece que somente quando alguém renomado no próprio universo do entretenimento fala, escutamos - a espiritualidade não dá audiência senão quando proferida por celebridades.
Mas não dá nada não, "se não pode contra eles, junte-se a eles". Garanto que os mestres de verdade ficam felizes com o ato de David Lynch. Tomara que ele contribua para que uma "guinada de 180 graus" aconteça na vida dos ocidentais, como ele mesmo falou. Afinal, a paz mental não necessita de mágica, mas de 20 minutos diários, independente de nossa religião - ou ausência de uma.
Devaneios de Gabi Garcez do http://www.innaugustastyle.blogspot.com/.
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